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Política Segunda-feira, 10 de Novembro de 2025, 10:05 - A | A

Segunda-feira, 10 de Novembro de 2025, 10h:05 - A | A

revisão de critérios

Câmara de Cuiabá propõe audiência pública na ALMT para discutir ICMS

Da Redação
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A Câmara Municipal de Cuiabá foi responsável por propor a audiência pública realizada nesta quinta-feira (6), no Plenário das Deliberações “Renê Barbour”, da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), destinada a discutir a revisão dos critérios de cálculo do Índice de Participação dos Municípios no ICMS (IPM/ICMS).

A iniciativa resultou de uma parceria inédita entre a Câmara de Cuiabá e o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), com o objetivo de avaliar os impactos da legislação — definida pela Lei Complementar nº 746/2022 e atualizada pela LC nº 811/2024 — sobre os repasses do imposto aos municípios e propor ajustes para garantir uma distribuição mais equilibrada dos recursos.

A presidente da Câmara de Cuiabá, vereadora Paula Calil (PL), representou o Legislativo da capital na mesa de honra, ao lado de representantes estaduais e municipais. O encontro foi conduzido pelo deputado Faissal Calil (Cidadania), que reforçou a relevância do debate para os grandes centros urbanos.

“Esta audiência pública nasceu de uma parceria inédita e sólida entre a Câmara Municipal de Cuiabá e o Tribunal de Contas do Estado. Desde março, temos nos reunido para estudar o desenvolvimento socioeconômico do nosso município”, afirmou Paula Calil.

Durante a discussão, Faissal destacou que as mudanças na legislação reduziram a fatia do ICMS destinada aos maiores municípios.

“Cuiabá, que antes recebia cerca de 12%, hoje recebe aproximadamente 7%. Embora o valor nominal pareça semelhante, o percentual caiu muito”, explicou o parlamentar.

O secretário adjunto de Receita de Cuiabá, Thiago Semensato, alertou que a retirada do critério populacional e a redução do peso do valor adicionado fiscal — de 75% para 65% — ampliaram as perdas para os municípios mais populosos.

“Cerca de 66% da população do estado passou a ser impactada. Houve boa intenção na aprovação da lei, mas é o momento de revisarmos os números com base na realidade atual”, disse.

Paula Calil reforçou os prejuízos causados a Cuiabá e defendeu a retomada do critério populacional.

“Cuiabá perde mais de R$ 140 milhões por ano com a nova metodologia. Essa redução afeta diretamente áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura”, destacou.

Economistas como Vivaldo Lopes e Maurício Munhoz apresentaram estudos técnicos demonstrando os impactos da legislação sobre os grandes municípios. Munhoz sintetizou:

“Ao retirar a população do cálculo, os grandes municípios perdem, e quem sofre é o cidadão.”

Também participaram da audiência representantes da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz-MT), do TCE-MT e as vereadoras Dra. Mara (Podemos), Maysa Leão (Republicanos) e Michelly Alencar (União Brasil), por meio de suas assessorias.

A iniciativa reforça o posicionamento da Câmara Municipal de Cuiabá em defesa do municipalismo e da recomposição dos recursos destinados à capital.

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, 06 de Dezembro de 2025