A política agrícola só funcionará se o governo estiver com ouvido aguçado para o setor, afirmou o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, em evento online organizado pela Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) sobre as perspectivas para a safra 2023/24 do estado.
Geller, que assumiu o posto há pouco menos de um mês, prometeu, em um primeiro momento, levar as demandas do setor para o ministério.
“Não vou abrir mão de defender os interesses da agricultura”, afirmou o secretário, acrescentando estar alinhado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O secretário destacou ainda pautas, como os vetos à lei de defensivos e a necessidade de melhorias em algumas políticas agrícolas, o fortalecimento do Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e dos Fundos de Investimentos em Cadeias Agroindustriais (Fiagros), além da redução das taxas de juros para além da Selic e mais recursos para crédito rural. “Vamos fortalecer a questão de aquisição de máquinas, com taxas de juros que o setor possa sobreviver”, acrescentou ainda.
Por fim, Geller defendeu deixar o “ranço político de lado”, posicionando-se como articulador entre governo e agronegócio.