O paulista deixou na segunda posição o britânico Reece Dunn (55s12), que é o atual recordista mundial, e na terceira o australiano Benjamin Hance (56s90).
- Minha vida na natação paralímpica só está começando. Queria agradecer bastante o apoio da família e da minha avó. Isso é só o começo - afirmou.
Gabriel Bandeira, ouro na natação das Paralimpíadas — Foto: Miriam Jeske/CPB
- Na natação, meu ídolo é o Caeleb Dressel, gosto do jeito que ele nada. Dentro do possível, a prova foi boa. Ainda tenho mais cinco pela frente - comentou.
Dressel, fenômeno norte-americano das piscinas, conquistou cinco ouros nas Olimpíadas de Tóquio, encerradas no dia 8 de agosto.
Gabriel Bandeira é ouro nas Paralimpíadas de Tóquio — Foto: Miriam Jeske
Nascido em Santa Luzia, criado em Corinto e treina em Juiz de Fora, em Minas Gerais. Atualmente, defende o Clube Bom Pastor. Após a façanha nesta quarta-feira, ele não se conteve e chorou.
- Fico muito feliz, só eu sei o que passei para estar aqui. Foi muito difícil. Essa medalha veio com muito esforço, suor e me deixou com gostinho de quero mais - disse Gabriel, que se emocionou na entrevista concedida logo depois da conquista.
Gabriel Araújo com a prata da natação das Paralimpíadas — Foto: Miriam Jeske/CPB
Gabriel, que não tem os braços, começou a praticar o esporte paralímpico em 2015 ao ser visto por um professor de Educação Física que lhe perguntou se havia interesse de tentar ingressar na natação. Convite aceito, ganhou três medalhas de ouro em sua primeira competição e nunca mais parou.
Fã de Daniel Dias, ele brilhou no Parapan de Lima, em 2019, com cinco pódios faturados (dois ouros, uma prata e dois bronzes) que o credenciaram a grandes resultados em Tóquio.
Bebezinho de bronze
A terceira medalha do Brasil nas Paralimpíadas saiu com Phelipe Rodrigues, cujo apelido é Bebezinho, nos 50m livre da classe S10. O nadador cravou a marca de 23s50, ficando atrás do campeão Rowan Crothers (23s21), da Austrália, e de Maksym Krypak (23s33), da Ucrânia.
Phelipe Rodrigues é bronze na natação nas Paralimpíadas — Foto: Alê Cabral/CPB
- Claro que o ouro paralímpico era o que faltava, mas conseguir mais uma medalha é excepcional. Ainda mais depois de 12 meses de restrições [por causa da pandemia] - disse Rodrigues.
Outras provas
Mais brasileiros competiram na natação nas Paralimpíadas de Tóquio nesta quarta. Maria Carolina Santiago terminou a final dos 100m borboleta na classe S13 na sexta posição (1min07s11). O ouro ficou com a italiana Carlotta Gilli, a prata com a compatriota dela Alessia Berra e o bronze com a russa Pikalova.
José Ronaldo da Silva, de 40 anos, que disputou os 100m costas da classe S1 (atletas com limitações físico-motoras mais severas). O paulista terminou na quinta posição (3min03s18), 35 segundos depois do vencedor, o israelense Iyad Shalabi.
Douglas Matera foi o sétimo nos 100m borboleta da classe S13. O ouro ficou com o bielorusso Ihar Boki, que foi seguido do ucraniano Oleksii Virchenko e e do uzbeque Islam Aslanov.
(Por Redação do ge — Tóquio, Japão)