Embora já se saiba que a atividade física é um dos fatores-chave para prevenção de doenças crônicas e mortalidade precoce, os efeitos dos exercícios nas células são muito mais complexos do que se imaginava. Um estudo publicado na revista Nature por cientistas do Consórcio de Transdutores Moleculares de Atividade Física (MoTrPAC) mostra que a prática estimula alterações celulares e moleculares nos 19 órgãos analisados.
O estudo faz parte de uma iniciativa com objetivo de mapear os efeitos da atividade física no organismo para que, no futuro, as informações sejam usadas para a saúde humana. Por enquanto, as pesquisas são realizadas em ratos, monitorados em laboratório enquanto submetidos a diversos exercícios intensos.
A equipe, que inclui cientistas do Instituto Tecnológico de Massachusetts, da Universidade de Harvard e dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, entre outros, avaliou os efeitos das atividades físicas em diversos órgãos, incluindo cérebro, coração e pulmões. Em todos os tecidos estudados, houve mudanças que ajudam a regular o sistema imunológico, responder ao estresse celular e controlar inflamações associadas a doenças diversas.