Em declaração ao podcast POLÍTICA DE PRIMEIRA, sobre o sistema de abastecimento de água e esgoto de Várzea Grande, a prefeita Flávia Moretti (PL) afirmou que a cidade deixará de operar com o que classificou como uma “tarifa fictícia” e passará a adotar uma cobrança “real”, baseada no uso efetivo dos serviços. Segundo ela, o modelo atual penaliza quem paga corretamente, cobrindo também os inadimplentes ou não cadastrados.
“A tarifa de água vai ser real. Ela não vai ser fictícia. Hoje é uma tarifa falsa. Quem está pagando a água, está pagando por aquele que não tem cadastro”, declarou Moretti durante evento oficial.
A gestora explicou que apenas 40% do município está devidamente cadastrado junto ao Departamento de Água e Esgoto (DAE), o que, segundo ela, distorce a arrecadação e inviabiliza o planejamento técnico e financeiro da autarquia. “Nós temos 60% do município sem cadastro”, destacou.
A prefeita também mencionou que a Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (AGER) e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) serão responsáveis pelos estudos técnicos que nortearão as futuras decisões sobre a política tarifária. “Nós vamos ter que cumprir as recomendações da AGER. Se vai aumentar, se vai fazer o estudo ainda da tarifa… nós não temos nada ainda”, concluiu.
A fala de Moretti surge em meio à crescente cobrança por melhorias nos serviços de saneamento básico em Várzea Grande, que ainda enfrenta desafios estruturais históricos. A proposta de revisão tarifária, aliada ao recadastramento dos usuários, busca corrigir distorções e promover maior equidade na cobrança.
A expectativa é que o estudo regulatório, conduzido em parceria com a FIPE, traga à tona dados concretos sobre o consumo, cobertura e viabilidade econômica do sistema, permitindo à prefeitura tomar decisões mais técnicas e menos políticas sobre a gestão da água no município.