A deputada estadual Janaína Riva (MDB) afirmou que sua candidatura ao Senado em 2026 é definitiva. Ao responder a boatos de recuo, disse que a decisão é pessoal e política, construída ao longo do mandato. Segundo a parlamentar, especulações sobre desistência servem para criar instabilidade no jogo eleitoral, mas não mudam sua rota.
O movimento de Janaína ocorre num cenário de pré-campanha aquecido em Mato Grosso, com articulações envolvendo lideranças como Otaviano Pivetta, Wellington e Jaime Campos — nomes citados nos bastidores como potenciais cabeças de chapa ou apoiadores. A emedebista, porém, reforça que sua postulação não depende de “palanques” específicos, buscando se posicionar como projeto próprio, sustentado por capital político e desempenho no Legislativo.
No plano partidário, a deputada tem insistido que o MDB está “pacificado” para a disputa majoritária no estado, uma mensagem dirigida a eleitores e aliados em meio a ruídos de recomposição em outras siglas. A leitura no entorno da parlamentar é que a coesão interna facilita a montagem de chapas proporcionais e a negociação de alianças sem subordinar a candidatura ao Senado a acordos externos.
Janaína também explora o argumento de que “quem elege é o povo”, numa crítica indireta à dependência de apoios de alto calibre. A estratégia mira converter recall e aprovação do mandato em competitividade eleitoral, ancorando-se em pesquisas internas e no discurso de independência. Em 2026, Mato Grosso escolherá duas cadeiras para o Senado, o que tende a intensificar a disputa e ampliar o leque de composições possíveis até as convenções partidárias do meio do ano.
Ao cravar que “isso não tem mais volta”, a deputada busca congelar a narrativa de irreversibilidade — uma tática comum para reduzir especulações e atrair apoios pragmáticos. O recado mira adversários que, segundo ela, “plantam” dúvidas sobre sua permanência no páreo, e, ao mesmo tempo, sinaliza a aliados que o projeto terá continuidade independentemente de pressões cruzadas.