Jovens com pressão arterial elevada enfrentam um risco quase quatro vezes maior de problemas cardíacos graves a longo prazo, como acidente vascular cerebral e ataque cardíaco, de acordo com uma nova pesquisa. Liderado pela Universidade McMaster, no Canadá, o estudo será apresentado no Encontro das Sociedades Acadêmicas Pediátricas (PAS) 2024, que começa hoje, em Toronto.
A hipertensão afeta uma em cada 15 crianças e adolescentes globalmente, e os pesquisadores estão cada vez mais preocupados com esse problema. Apesar dos números serem alarmantes, o que acontece com essas crianças a longo prazo ainda não foi completamente esclarecido. Para o trabalho, os pesquisadores compararam 25.605 jovens diagnosticados com hipertensão, entre 1996 e 2021, com pessoas na mesma faixa etária sem a doença.
Durante um acompanhamento médio ao longo de 13 anos, o ensaio descobriu que os jovens com hipertensão tinham entre duas a quatro vezes mais chances de sofrer um ataque cardíaco, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca ou cirurgia cardíaca em comparação com aqueles sem hipertensão. Especialistas afirmam que melhorar o exame e o tratamento da pressão arterial durante a infância pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares graves na idade adulta.
"Alocar mais recursos para o rastreamento e controle da pressão arterial pediátrica pode diminuir os riscos de problemas cardíacos a longo prazo em crianças com hipertensão", reforçou Cal H. Robinson, pesquisador de nefrologia pediátrica do The Hospital for Sick Children (SickKids) e autor do estudo. "Uma maior conscientização sobre a importância do rastreamento regular e do acompanhamento da hipertensão pediátrica pode evitar que as crianças desenvolvam resultados cardíacos adversos significativos mais tarde na vida."
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