facebook instagram youtube whatsapp

Geral Terça-feira, 23 de Dezembro de 2025, 08:07 - A | A

Terça-feira, 23 de Dezembro de 2025, 08h:07 - A | A

MT-251

Sinfra esclarece que trincas no Portão do Inferno são juntas de dilatação e não indicam risco imediato

Estrutura é monitorada diariamente e intervenções preventivas seguem em andamento no trecho da MT-251

MQF
Da Redação

Vídeos que circulam nas redes sociais nos últimos dias levantaram questionamentos sobre supostas rachaduras no trecho do Portão do Inferno, na rodovia MT-251, entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães. Diante da repercussão, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) esclarece que as trincas visíveis no pavimento não indicam risco iminente de colapso da estrutura.

De acordo com a Sinfra, as aberturas mostradas nas imagens correspondem a juntas de dilatação, elementos previstos em grandes estruturas de concreto e essenciais para garantir a segurança e a durabilidade das obras. O local passa por monitoramento técnico diário, sem registro de movimentações fora do padrão esperado.

O que são juntas de dilatação

As juntas de dilatação são espaços projetados nas estruturas para permitir pequenas movimentações naturais provocadas por variações de temperatura, carga dos veículos e diferenças de comportamento entre materiais. Elas funcionam como uma folga controlada, evitando fissuras desordenadas no concreto.

Um exemplo comum desse tipo de solução pode ser observado em calçadas, que possuem cortes regulares justamente para impedir rachaduras. Em obras de maior porte, como pontes e viadutos, as juntas são ainda mais importantes.

No caso do Portão do Inferno, as trincas estão localizadas na transição entre o viaduto — uma estrutura rígida de concreto armado — e o pavimento apoiado diretamente sobre o solo. Como esses dois elementos respondem de forma distinta às cargas e às variações térmicas, é esperado que ocorram pequenas aberturas no asfalto nessa região.

Segundo os técnicos que acompanham o trecho, essas movimentações são pequenas, controladas e compatíveis com o comportamento estrutural previsto, sem indícios de anormalidade.

Monitoramento permanente e medidas preventivas

Desde o início das intervenções no Portão do Inferno, o trecho é submetido a monitoramento contínuo por equipes especializadas da Sinfra-MT. As juntas e trincas são medidas periodicamente, permitindo identificar qualquer alteração fora do padrão técnico.

Até o momento, não há registro de deslocamentos estruturais que demandem novas medidas emergenciais além das já adotadas. Ainda assim, a secretaria reforça que o risco nunca foi ignorado, motivo pelo qual o tráfego no local segue sob controle rigoroso.

Entre as ações preventivas já implementadas estão:
• instalação de barreiras dinâmicas para contenção de quedas de blocos rochosos;
• remoção de grandes blocos instáveis;
• restrição ao tráfego de veículos pesados;
• interrupções preventivas da rodovia em períodos de chuva intensa.

As medidas visam reduzir riscos enquanto a solução definitiva para o trecho é executada.

Solução definitiva

O Governo de Mato Grosso confirmou que a solução definitiva para o Portão do Inferno será a construção de um túnel, alternativa considerada mais segura e com menor impacto ambiental e paisagístico. A licitação para contratação da empresa responsável pela elaboração do projeto e execução da obra está marcada para o dia 9 de março.

Caso semelhante

Situação semelhante ocorreu recentemente na Ponte Mário Andreazza, em Cuiabá, quando vídeos nas redes sociais alertavam para supostas rachaduras. Após avaliação técnica, ficou comprovado que as trincas também se tratavam de juntas de dilatação, sem risco estrutural.

Comente esta notícia

, 23 de Dezembro de 2025