Com uma abordagem centrada na sustentabilidade, inovação e expansão internacional, o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, César Miranda, destacou o potencial produtivo do estado na abertura do estande da ApexBrasil na SIAL China 2025. Realizada nesta segunda-feira (19), em Xangai, a feira é considerada uma das maiores do mundo nos setores de alimentos e bebidas, e a principal do ramo no mercado chinês.
Mato Grosso marca presença no evento com uma variedade de produtos que simbolizam a força do agronegócio estadual, como carnes bovina e de frango, gergelim, açaí e outros alimentos. “Temos uma grande responsabilidade como maiores produtores de proteína animal e vegetal do país. Desde 2019, fazemos nosso dever de casa e os resultados são visíveis, como na retomada da produção de café no noroeste do estado, na divisa com Rondônia. Logo, seremos também referência na cafeicultura”, afirmou Miranda.
A expectativa é que a SIAL China gere cerca de US$ 250 milhões em negócios para o Brasil. O evento reúne mais de 5 mil expositores e atrai aproximadamente 180 mil visitantes. A participação de Mato Grosso conta com apoio da ApexBrasil, da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) e do Instituto Mato-Grossense da Carne (IMAC).
Durante a cerimônia, Miranda destacou a importância das parcerias entre os setores público e privado para ampliar a inserção brasileira no mercado asiático. “Criamos o IMAC, o único do Brasil com a indústria frigorífica no conselho. E, em julho, lançaremos a Invest MT, nossa agência de promoção comercial e atração de investimentos, gerida pela iniciativa privada. É um projeto de Estado, não de governo”, declarou.
A solenidade também contou com a presença do embaixador do Brasil na China, Marcos Galvão, e do cônsul-geral em Xangai, Augusto Pestana. Ambos enfatizaram o papel dos estados na consolidação da diplomacia econômica do país. “Quando vejo Mato Grosso aqui, vejo a materialização dessa visão estratégica. É o que muitos concorrentes já fazem e que o Brasil começa a implementar com mais consistência”, afirmou Pestana.
Miranda também mencionou a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Cáceres, que já realizou uma operação teste exportando quatro contêineres com pisos e produtos de florestas plantadas. A expectativa é de que a ZPE atraia indústrias de arroz, carne e outros segmentos. “Hoje, o Brasil detém 25% do mercado chinês de carnes. Queremos chegar a 50%”, projetou o secretário.