Um novo estudo revelou que uma técnica de imagem pode ser crucial na identificação de pacientes que necessitam de procedimentos de revascularização devido a obstruções ou estreitamentos das artérias coronárias. As descobertas foram divulgadas, ontem, em um relatório especial na revista Radiology: Cardiothoracic Imaging, publicado pela Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA). Conforme o trabalho, incluir uma nova abordagem, chamada CT-FFR reduziu em cerca de 50% a necessidade de procedimentos mais incisivos.
A angiografia coronária (CTA) é uma ferramenta que os médicos utilizam para diagnosticar bloqueios ou estreitamentos em artérias do coração. Os resultados do procedimento são classificados em níveis: leves, de 0 a 1; moderados, de 2 a 3; e graves, de 4 a 5. Pacientes com pontuações acima de 3 geralmente requerem tratamento e podem ser submetidos à colocação de stents a cirurgias de revascularização, para restaurar o fluxo sanguíneo ao órgão que bombeia o sangue.
"Embora a CTA forneça informações sobre o grau de obstrução de uma artéria,esse grau nem sempre reflete com precisão a quantidade de fluxo sanguíneo na artéria", explicou, em nota, Mangun Kaur Randhawa, pesquisador do Departamento de Radiologia do Massachusetts General Hospital (MGH), nos Estados Unidos.
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Historicamente, os profissionais da saúde recorrem à angiografia coronária invasiva para obter imagens das artérias e, mais recentemente, adicionaram outros testes também incisivos, como a reserva de fluxo fracionada (FFR), para identificar e avaliar os problemas vasculares.