Mais de 10 milhões de pessoas morrem, todos os anos, vítimas de hipertensão arterial. Vinte por cento desses óbitos poderiam ser evitados se fosse reduzida a ingestão de cloreto de sódio, segundo a organização não governamental de saúde pública Resolve to Save Lives. Em um artigo que será publicado na revista Hypertension, da Associação Norte-Americana de Cardiologia (AHA), um grupo internacional de pesquisadores pede que sociedades médicas e governos adotem como diretriz a sugestão para que se troque o sal de cozinha normal pelo enriquecido com potássio, elemento químico que ajuda a baixar a pressão.
O sal refinado usado comumente na cozinha e no preparo de alimentos ultraprocessados é a combinação principalmente de cloro e sódio, sendo que o último, em excesso, retém líquidos no organismo. Isso sobrecarrega o sistema circulatório, prejudica os rins e contribui para o aumento da pressão sanguínea. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a ingestão máxima de 5 gramas do tempero por dia — no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, o consumo é quase o dobro: 9,3 gramas.
Coordenado pelo Instituto George para Saúde Global, uma organização não governamental com foco em saúde pública, o estudo que sairá na Hypertension fez uma revisão de 32 diretrizes para o tratamento da hipertensão. Os autores — médicos e pesquisadores de Estados Unidos, Austrália, Japão, África do Sul e Índia — avaliaram documentos de organizações globais, regionais e nacionais publicados entre 1º de janeiro de 2013 e 21 de julho de 2023.
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