O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, apresentou nesta quarta-feira (28) um balanço da megaoperação conjunta entre Polícia Federal, Receita Federal e outros órgãos de controle, que resultou no bloqueio de R$ 1,2 bilhão de investigados ligados a esquemas de lavagem de dinheiro no setor de combustíveis.
Segundo Rodrigues, o trabalho envolveu uma estrutura inédita de cooperação e já apresenta números expressivos. Entre os resultados, destacam-se a apreensão de 141 veículos, o sequestro judicial de 1.500 automóveis, além da apreensão em espécie de mais de R$ 300 mil. Também foram bloqueados 21 fundos de investimento, atingindo inclusive fundos fechados, e determinados o sequestro de 192 imóveis e de duas embarcações.
No campo criminal, a operação identificou 41 pessoas físicas e 255 pessoas jurídicas envolvidas na rede de movimentações ilícitas. A magnitude da ação reforça a articulação entre instituições de fiscalização e combate ao crime organizado.
Para o diretor-geral da PF, os números evidenciam a eficácia da integração entre diferentes órgãos públicos: “Crime organizado só pode ser enfrentado dessa forma, com integração, com cooperação, com trocas e com o respeito às atribuições legais e constitucionais de cada instituição. E os resultados aparecem”, destacou Rodrigues.
A operação ainda está em fase de conclusão, com equipes finalizando levantamentos e aprofundando o rastreamento dos bens. O objetivo é estrangular financeiramente organizações criminosas que se utilizam de setores estratégicos da economia para movimentar recursos ilícitos.
