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Política Segunda-feira, 21 de Agosto de 2023, 16:17 - A | A

Segunda-feira, 21 de Agosto de 2023, 16h:17 - A | A

PROJETO DE LEI

Projeto de Jayme ataca índices de ensino profissionalizante e combate geração ‘nem-nem’

Senador mato-grossense lembrou que o Brasil tem atualmente 11 milhões de jovens que não estudam e também não trabalham por falta de formação

Assessoria
MQF

Um projeto de lei apresentado esta semana pelo senador Jayme Campos (União-MT) propõe atacar um problema estrutural na formação de mão de obra no Brasil: os baixos índices do ensino profissionalizante. O PL 3358/23, altera o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES)  para incluir a educação profissional, técnica e tecnológica no rol dos cursos a serem financiados, de modo prioritário, pelo Fundo. 

Ao apresentar a proposta de criação do FIES-Técnico, Jayme destacou dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), que apontam a existência de expressivo número de jovens que não estudam e não trabalham, a chamada ‘geração nem-nem’, que já passa dos 11 milhões. “É preciso, mais do que nunca, alterar tal cenário com mais oportunidades” – frisou. 

Tão logo foi anunciado em plenário, a matéria recebeu apoio imediato de vários parlamentares. Entre eles, do senador Paulo Paim (PT-RS). Ao enaltecer a proposta de Jayme Campos, ele lembrou que só deixou de ser vendedor de flores e de fruta porque fez um curso técnico no Sistema S: “E,  com esse curso, eu saí de um salário mínimo para cinco” – frisou. 

Jayme Campos ressaltou que, apesar de mais de um século de leis, decretos e normas, “ainda não fizemos da Educação Profissional e Tecnológica uma prática consistente no País”.  Desde 1909, segundo ele, o Brasil tenta sem sucesso dar ênfase à produção de mão de obra qualificada para o mercado de trabalho, passando por regras na Constituição Federal, Estatuto da Criança e do Adolescente e Lei de Diretrizes e Bases da Educação.  

“O Brasil ainda patina nesse campo educacional.  O número de brasileiros matriculados na educação profissional e técnica representa só 8% dos estudantes atualmente, índice que é de 46% na União Europeia e 40% nos países que integram a OCDE – a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico” - ressaltou. 

Em seu pronunciamento, Campos alertou os demais senadores ao classificar  que o quadro atual “é preocupante”. Mesmo com o Plano Nacional de Educação definindo que 25% das matrículas de jovens e adultos deveriam estar integradas à Educação Profissional e Tecnológica até 2024, o percentual alcançado até agora foi de apenas 2,2%. 

De posse desses dados, o senador mato-grossense pregou a necessidade da realização de um “grande esforço nacional” para alavancar os investimentos na educação profissional – considerada uma excelente ferramenta para suprir mão de obra qualificada, fomentar a produtividade e gerar empregos no País. 

“Com financiamento público, nossos jovens poderão custear sua formação técnico-profissional, concluir o ensino médio, e potencializar sua inserção no mercado de trabalho” – ele previu, ao ressaltar que “a oferta da educação profissional em todos os níveis não é gasto, mas, sim, investimento! ”.

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, 16 de Março de 2025