Sinop, no norte de Mato Grosso, abriga a maior usina de etanol de milho do planeta, um marco da industrialização do agronegócio no Centro-Oeste brasileiro. A planta tem capacidade para produzir 2,1 bilhões de litros de etanol por ano, a partir do processamento de cerca de 4,6 milhões de toneladas de milho. O empreendimento é referência internacional em eficiência energética, sustentabilidade e inovação tecnológica.
Além da produção de biocombustível, a usina opera com geração de energia limpa e sustentável, suficiente para abastecer sua própria operação industrial e contribuir com a rede elétrica nacional — um diferencial estratégico diante dos desafios da transição energética. “Uma potência da bioeconomia brasileira”, destacou o perfil oficial do Ministério da Agricultura (@senhor_fazenda), ao divulgar os dados.
O avanço do etanol de milho no Brasil reflete uma transformação econômica mais ampla. Segundo a Unem (União Nacional do Etanol de Milho), Mato Grosso é responsável por mais de 70% da produção nacional desse tipo de etanol, com investimentos que já ultrapassam R$ 10 bilhões no estado. A produção local atende tanto o mercado interno quanto a exportação, especialmente para países da América do Sul e Ásia.
A usina de Sinop está inserida em um contexto de crescente demanda por biocombustíveis, impulsionada por políticas como o RenovaBio, programa federal que estabelece metas de descarbonização para o setor de transportes. Além disso, o milho utilizado no processo é, em grande parte, proveniente de safras excedentes, agregando valor à produção agrícola e fortalecendo a economia regional.
Para os municípios mato-grossenses, empreendimentos dessa magnitude significam geração de empregos diretos e indiretos, aumento da arrecadação e dinamização do setor logístico. Sinop, que já é um polo universitário e agroindustrial, consolida-se como um dos principais vetores de crescimento sustentável do Brasil.
Diante do cenário global de mudanças climáticas e busca por fontes renováveis, a liderança brasileira em etanol de milho — com epicentro em Mato Grosso — reafirma o papel do país como referência em bioenergia e sustentabilidade econômica.