O governador Mauro Mendes afirmou, durante o evento Laço Branco nesta quarta-feira (10), que todas as escolas estaduais passarão a ter, a partir de 2026, uma disciplina obrigatória dedicada ao enfrentamento da violência contra a mulher. A proposta integra um conjunto de medidas do Governo de Mato Grosso para fortalecer políticas de proteção e conscientização.
Segundo Mendes, o combate ao problema deve começar pela educação.
“Não adianta jogar o problema para debaixo do tapete. Temos que ter coragem de falar sobre isso, de ensinar desde cedo aos nossos filhos o que é respeito. E ensinar que é preciso denunciar esse tipo de crime, inclusive no 181, que garante o anonimato”, afirmou.
O evento Laço Branco é promovido pelo Governo do Estado em parceria com o Tribunal de Justiça e a Assembleia Legislativa, com foco na conscientização de homens sobre o enfrentamento à violência contra a mulher.
O governador destacou que o Estado endureceu o combate à criminalidade e reforçou que a legislação prevê penas superiores a 40 anos de prisão para agressores, com progressão de regime somente após o cumprimento de 55% da pena – o que representa, no mínimo, 20 anos de reclusão.
“Homens precisam entender que sua covardia vai ter consequência. Há um sentimento geral de impunidade, e isso tem resultado no aumento desse tipo de crime. Nós precisamos mudar essa cultura de violência. É falar disso nas escolas, nas casas, nos grupos de amigos”, pontuou.
Expansão da rede de proteção
Mauro Mendes ressaltou que, somente em 2025, a Segurança Pública garantiu mais de 17.100 medidas protetivas na Justiça, com efetividade de 99,96% na proteção às vítimas.
Ele lembrou ainda que Mato Grosso ampliou significativamente sua rede de atendimento às mulheres:
• de 2 para 41 Patrulhas Maria da Penha;
• criação de 28 núcleos especializados;
• 9 Delegacias da Mulher;
• implantação do botão do pânico, Sala Lilás e auxílio-aluguel de R$ 800 para vítimas;
• além da atuação integrada das forças policiais.
“Todos os feminicídios em Mato Grosso foram esclarecidos e os autores presos e entregues à Justiça”, complementou.





