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Política Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2025, 11:14 - A | A

Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2025, 11h:14 - A | A

saúde em alerta

Janaina Riva critica falhas da saúde pública e cobra prioridade do Estado no atendimento à população

MQF
Da Redação

Durante a sessão desta última quarta-feira (10), a deputada estadual Janaina Riva (MDB) fez uma crítica contundente à gestão da saúde pública em Mato Grosso. A manifestação ocorreu em aparte à fala do deputado Dr. João José (MDB), que discutia o envio de órgãos para transplantes em outros estados.

Janaina afirmou que, apesar do forte crescimento econômico registrado nos últimos anos, o avanço não se reflete na oferta de atendimento digno à população. Como exemplo, citou o caso recente de seis rins captados em Mato Grosso e encaminhados para outros estados, quando poderiam ter beneficiado pacientes que aguardam na fila local.


“Como pode um estado tão próspero não olhar pela sua saúde pública?”, questionou.

A parlamentar também mencionou dados levantados pela Câmara Municipal de Cuiabá, que apontam Mato Grosso como o estado com maior mortalidade entre pacientes oncológicos no país. Para ela, a disparidade entre riqueza e falta de estrutura é injustificável.


“Do que adianta ser o maior exportador de grãos e carne, um estado rico, se não damos dignidade às pessoas que dependem da saúde pública?”, criticou.

Outro ponto destacado foi a desorganização da regulação. Segundo Janaina, pacientes percorrem longas distâncias — do Araguaia ao Oeste ou até Alta Floresta — para conseguir atendimento.


“A nossa regulação é uma baderna. As pessoas vivem peregrinando atrás de vaga”, afirmou.

Janaina também comparou a situação atual com gestões anteriores e disse que, apesar do aumento significativo da arrecadação estadual, a realidade dos pacientes pouco mudou.


“Continuamos a perder vidas na fila por UTI. Ainda hoje os pacientes sobrevivem dentro de ambulâncias”, disse.

A deputada encerrou ressaltando que a precariedade da saúde pública é sentida diretamente pelas famílias mato-grossenses.
“Duvido que os alunos que visitam a Assembleia hoje não conheçam alguém da família que tenha morrido ou padecido por falta de atendimento”, concluiu.

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, 12 de Dezembro de 2025