O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), reforçou a necessidade de intensificar as políticas públicas de prevenção e combate à violência contra a mulher no Estado. A manifestação ocorreu em alusão ao Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher, celebrado nesta sexta-feira (10).
“Mato Grosso registra números preocupantes que demonstram a urgência de unirmos forças, seja da sociedade civil, seja dos poderes públicos, para combater de forma efetiva a violência contra as mulheres. As políticas públicas precisam sair do papel e se transformar em resultados, proteção e plena garantia de direitos”, afirmou o parlamentar.
De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 47 mulheres foram vítimas de feminicídio em Mato Grosso em 2024, colocando o Estado na liderança nacional pelo segundo ano consecutivo. O cenário de 2025 também é alarmante: entre janeiro e junho, o Ministério Público Estadual registrou 27 feminicídios — um aumento de 42% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Outros tipos de violência também apresentam números elevados. Em 2024, o Observatório da Segurança Pública contabilizou mais de 19 mil ameaças, 9,2 mil lesões corporais, 5,7 mil injúrias e 2,1 mil casos de danos emocionais contra mulheres.
“Cada estatística representa uma vida perdida, uma família destruída, um alerta ignorado. A violência contra a mulher não pode ser tratada com descaso ou burocracia”, destacou Russi.
Na ALMT, o deputado tem defendido maior fiscalização e acompanhamento das políticas públicas existentes. Em setembro, apresentou o Requerimento nº 548/2025, que solicita informações detalhadas sobre programas, projetos e ações voltados ao enfrentamento da violência de gênero em Mato Grosso.
Para o parlamentar, é urgente fortalecer a integração entre os poderes públicos, capacitar profissionais, ampliar as redes de acolhimento e tornar o sistema de segurança e justiça mais eficiente. “Precisamos de coragem, firmeza e perseverança para garantir que as mulheres vivam com dignidade, respeito e plena atenção aos seus direitos. Não admitiremos retrocessos”, concluiu.