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Política Sexta-feira, 19 de Dezembro de 2025, 09:59 - A | A

Sexta-feira, 19 de Dezembro de 2025, 09h:59 - A | A

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Sérgio Ricardo firma cooperação para impulsionar desenvolvimento da Baixada Cuiabana

Projeto Escola das Águas propõe irrigação, revitalização de bacias e uso produtivo da água no Vale do Rio Cuiabá

MQF
Da Redação

O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, assinou nesta quinta-feira (18) um termo de cooperação técnica com o Instituto Mato-grossense do Feijão, Pulses, Colheitas Especiais e Irrigação (IMAFIR) para a construção de um plano de desenvolvimento socioeconômico da Baixada Cuiabana. A iniciativa busca destravar gargalos históricos da região, especialmente relacionados ao abastecimento de água e à produção de alimentos.

O acordo estabelece o Projeto Escola das Águas, que reúne duas propostas estruturantes: a captação e estruturação de sistemas de irrigação na região do Manso e no Vale do Rio Cuiabá, além da revitalização do Córrego Bandeiras e da Bacia do Rio Bandeira. As ações incluem a elaboração de linha de base ambiental, implantação de rede piloto de monitoramento e definição de um plano de intervenções priorizadas.

“Só a Baixada Cuiabana tem cerca de 95 mil quilômetros quadrados, uma área maior do que a de mais de 80 países. Ainda assim, é uma região que historicamente não produz, porque nunca houve uma política de Estado voltada ao seu desenvolvimento. O que estamos fazendo hoje é plantar essa semente”, afirmou Sérgio Ricardo.

O presidente destacou que o TCE-MT dará suporte técnico, acompanhará a execução das ações e fará o monitoramento dos resultados. “Estamos discutindo como levar água do Manso para irrigar o Rio Bandeira, que passa oito ou nove meses seco, além da possibilidade de barramentos para armazenamento de água, tema que já dialogamos com o Ministério Público. A ideia é garantir água e produção”, explicou.

Ao IMAFIR caberá detalhar as ações e articular parceiros e investimentos. Para o presidente da entidade, Hugo Garcia, o projeto representa uma oportunidade concreta de transformar a Baixada Cuiabana por meio do uso produtivo da água, com foco em pequenas propriedades e em atividades de maior valor agregado.

“Hoje marca o nascimento de uma nova Baixada Cuiabana. Temos terra, pessoas dispostas a trabalhar e proximidade com grandes centros consumidores. Mato Grosso já é referência em grãos e proteína animal, mas pode ser também em fruticultura e horticultura”, destacou.

O presidente da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Suelme Fernandes, reforçou que a escassez de água é o principal entrave ao desenvolvimento da região e lembrou que o uso da água do Manso para irrigação já estava previsto desde a implantação do empreendimento.

“O ganho ambiental e social é imensurável. O Vale do Rio Cuiabá pode se tornar um vale de prosperidade, somando produção agrícola à logística que está chegando, como a duplicação da BR-163 e a estadualização da ferrovia. Por que não produzir frutas aqui e exportar, como ocorre em Petrolina e Juazeiro?”, questionou.

Histórico e ações estruturantes

A assinatura do termo integra um movimento contínuo liderado por Sérgio Ricardo em defesa do desenvolvimento da Baixada Cuiabana. Em 2009, quando era deputado estadual, ele foi autor da Lei nº 340, que criou a primeira Região Metropolitana de Mato Grosso, o Vale do Rio Cuiabá, com foco na integração territorial, econômica e social dos municípios da região.

Mais recentemente, o TCE-MT passou a aderir a iniciativas voltadas ao diagnóstico socioeconômico e produtivo da Baixada, envolvendo comunidades ribeirinhas e agricultores familiares. Entre elas estão a discussão sobre núcleos integrados com a Embrapa Agrossilvipastoril e a elaboração de um plano para enfrentar gargalos históricos, anunciada em ação conjunta com o Ministério Público no Rio Cuiabá.

Outra proposta em andamento é a estruturação da Colônia Agrícola das Palmeiras, em Santo Antônio de Leverger, para fortalecer a produção de alimentos.
“A solução para quem vive na Baixada Cuiabana é o desenvolvimento da própria Baixada. Nosso papel é somar esforços e criar condições para que essa região produza e gere renda”, concluiu Sérgio Ricardo.

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, 19 de Dezembro de 2025