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Política Terça-feira, 21 de Outubro de 2025, 10:41 - A | A

Terça-feira, 21 de Outubro de 2025, 10h:41 - A | A

Prevenção ambiental

TCE-MT reforça ações de prevenção e educação ambiental no combate às queimadas em Mato Grosso

Da Redação
MQF

O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) tem reforçado as ações de prevenção e educação ambiental voltadas ao enfrentamento das queimadas no estado. A atuação ocorre por meio da Comissão Permanente de Meio Ambiente e Sustentabilidade (COPMAS) e envolve capacitação de gestores municipais, diagnóstico técnico e projetos educativos com foco na conscientização e na formação de uma cultura de sustentabilidade.

Os resultados já começam a aparecer. Mato Grosso encerrou setembro de 2025 com 2.294 focos de calor, o menor número desde o início da série histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O índice representa uma redução de 88% em relação ao mesmo mês de 2024, reforçando a importância das medidas preventivas e do acompanhamento técnico promovido pelo Tribunal antes do período de seca.

Em maio, o TCE-MT realizou a capacitação “Proteção e Defesa Civil – Plano de Contingência”, que reuniu mais de 400 gestores e representantes de 62 municípios. A iniciativa surgiu a partir de um diagnóstico que apontou que 81% das prefeituras ainda não possuíam planos eficazes de enfrentamento a desastres naturais.

Com base nesse levantamento, o Tribunal recomendou a elaboração de planos de resposta e o fortalecimento das defesas civis municipais.

“Vivemos eventos extremos cada vez mais frequentes em decorrência das mudanças climáticas, como é o caso das queimadas. Nossa missão é oferecer caminhos para que os gestores lidem com essa realidade”, destacou o presidente do TCE-MT e da COPMAS, conselheiro Sérgio Ricardo.

O conselheiro ressalta que o foco das ações é a prevenção, e não apenas a reação aos desastres.

“A proposta é despertar o interesse dos gestores para formar equipes locais de defesa civil, montar planos com base em dados reais e utilizar os mecanismos de financiamento que já existem, inclusive em nível internacional”, completou.

O TCE-MT também integra o Comitê Estadual de Gestão do Fogo, criado pelo Governo de Mato Grosso para promover ações de prevenção, monitoramento, controle e resposta rápida a incêndios florestais, além de responsabilização pelos danos ambientais.

Avanços e desafios

Apesar da redução expressiva, Mato Grosso ainda lidera o ranking nacional de focos de calor em 2025, concentrando 14,5% das ocorrências registradas no país. O dado reforça a necessidade de fortalecer a capacidade de resposta dos municípios.

Em Guarantã do Norte, que figura entre as cidades com melhor estrutura de defesa civil, a secretária de Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Turismo, Thaise Raquel Bechlin, reconhece que ainda há desafios.

“Nosso plano precisa ser expandido para as áreas rurais, onde os incêndios são frequentes, inclusive em reservas indígenas”, afirmou.

O assessor técnico da Defesa Civil Estadual, Lucas Chermont, destacou que a capacitação promovida pelo Tribunal foi o ponto de partida para uma atuação mais eficiente.

“Agora que os gestores conhecem a doutrina e colocaram isso em prática, estão aptos a implantar o plano em seus municípios com clareza sobre suas funções. Esse é o começo de uma resposta mais organizada”, avaliou.

Educação ambiental como base da mudança

Com o mesmo foco preventivo, a COPMAS lançou em junho o projeto Gincana Ambiental – Pequenos Guardiões da Natureza, voltado à formação de professores, gestores e estudantes da rede pública entre 6 e 11 anos. A iniciativa percorreu 14 municípios da Baixada Cuiabana, levando oficinas, atividades educativas e ações de plantio de mudas.

Segundo o secretário-executivo da Comissão, Adriângelo Antunes, a gincana amplia o alcance da política de prevenção iniciada nas prefeituras.

“Ao sensibilizar as crianças e a comunidade escolar, ampliamos o alcance das ações e fortalecemos a cultura de sustentabilidade. Educação e gestão caminham juntas nesse processo”, afirmou.

Para o presidente do TCE-MT, o desafio é transformar a prevenção em uma política permanente.

“Educar para a sustentabilidade é um dos maiores legados que podemos deixar às próximas gerações. Ao envolver as crianças, os educadores e os gestores, estamos plantando sementes que vão transformar a relação das comunidades com o meio ambiente”, concluiu Sérgio Ricardo.

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, 21 de Outubro de 2025