Uma nova pesquisa, publicada na revista Child Development lança luz sobre a complexidade do impacto da prematuridade, desafiando a visão tradicional que trata todas as crianças como um grupo homogêneo e classificando-as de forma diferente. O estudo, conduzido por pesquisadores da NYU Grossman School of Medicine, nos Estados Unidos, revelou que elas podem ser agrupadas em três perfis neurocognitivos distintos, com resultados significativamente variados em testes de cognição e comportamento.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 13 milhões de bebês nasceram antes de completar 37 semanas - cerca de 10% dos partos no mundo, em 2023. Frequentemente essa condição está associada a desafios significativos no desenvolvimento cognitivo e comportamental.
Ao analisar dados de 1.891 nascidos prematuros, com idades entre 9 e 11 anos, os cientistas identificaram um primeiro perfil, composto por 19,7% dos participantes, que se destacou com desempenho acima da média até mesmo para crianças a termo, nascidas no "tempo certo" — de 37 a 41 semanas. Essa classe obteve resultados superiores em testes cognitivos padrão e mostrou menos déficits de atenção.
Leia mais: