A cidade de Jaciara foi reconhecida, nesta sexta-feira (06.06), como referência estadual na realização do teste do pezinho pelo Hospital Universitário Júlio Muller, durante o 2º Encontro Mato-Grossense de Triagem Neonatal, realizado no Teatro Zulmira Canavarros, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. A iniciativa integra um projeto piloto que visa descentralizar o exame para todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município a partir de agosto.
Atualmente, tanto o teste de triagem neonatal quanto a vacina BCG são aplicados apenas na UBS-1. Com a mudança, os serviços passarão a ser ofertados ainda no Hospital Municipal, no pós-parto, e em todas as UBSs, com o objetivo de facilitar a rotina das mães, garantir a eficácia do exame — que deve ser feito nos primeiros cinco dias de vida do bebê — e ampliar o acompanhamento do desenvolvimento infantil desde o nascimento.
“A prefeita Andréia Wagner nos solicitou a descentralização, preocupada com o prazo de eficácia do teste e a logística das mães. Estudamos e vimos que é possível, desde que haja a capacitação dos nossos profissionais, que já foi solicitada ao Hospital Júlio Muller”, explicou o secretário municipal de Saúde, Fabrício Fabian. Ele também destacou a importância de aplicar a BCG ainda na maternidade, logo após o parto.
A proposta foi elogiada por Vera Tanus, pedagoga do Serviço de Referência de Triagem Neonatal do HUJM, que anunciou a elaboração de um projeto estadual com o mesmo objetivo. “Jaciara mostrou interesse e será referência para todo o Mato Grosso na coleta adequada e em tempo oportuno. Vamos iniciar a capacitação com Jaciara e expandir para os demais municípios”, afirmou.
O encontro, que teve como tema “A importância da coleta adequada em tempo oportuno”, também reuniu autoridades do Hospital Júlio Muller, Assembleia Legislativa, Câmara Federal, Ministério Público Estadual, Secretaria de Estado de Saúde e Secretaria de Saúde de Cuiabá. O teste do pezinho é responsável por detectar sete doenças graves, entre elas fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito e fibrose cística, permitindo intervenções precoces que salvam vidas e reduzem sequelas.
