A prefeita de Jaciara, Andréia Wagner, usou suas redes sociais nesta sexta-feira (02.04) para se manifestar sobre o feminicídio ocorrido no município vizinho de Juscimeira, que vitimou a jovem Elaine Rosa de Araújo, de 25 anos, no dia 8 de abril. A gestante, conforme laudo pericial, estava com 12 semanas de gravidez. Andréia destacou a atuação conjunta das polícias Civil e Militar, que resultou na prisão de um homem de 50 anos, apontado como autor do crime
“A polícia agiu rápido e conseguiu prender o suspeito de ter tirado a vida da Elaine e de um ser inocente que, sequer teve a chance de vir ao mundo. Casos como o que ocorreu em Juscimeira não podem ficar impunes. Que seja feita justiça e que se cumpra sem relaxamento de pena. Minha admiração e respeito às polícias que não hesitaram em elucidar mais este crime. Aqui no Vale do São Lourenço, a rede de proteção voltada à mulher, através das forças policiais, trabalha com muito compromisso e dedicação”, declarou a prefeita.
O suspeito deverá responder por feminicídio majorado e fraude processual. A investigação indica que o crime foi cometido com crueldade, sem chance de defesa para a vítima, que era portadora de transtorno psíquico. Com os agravantes, as penas somadas podem ultrapassar 60 anos de reclusão.
As investigações foram conduzidas pelo delegado José Ramon Leite e sua equipe da Polícia Civil de Jaciara, com o apoio do 28º Batalhão da Polícia Militar de Jaciara, sob o comando do tenente-coronel Handson Freitas Farias, além do Núcleo de Inteligência da PJC de Rondonópolis, da PJC de Primavera do Leste e da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá.
Andréia Wagner também relembrou que, ao assumir a gestão municipal em 2021, sua primeira ação foi fortalecer a rede de proteção à mulher, apoiando a implementação da Patrulha Maria da Penha em Jaciara. Segundo ela, a medida visa justamente prevenir crimes como o que vitimou Elaine e garantir maior segurança às mulheres da região.
Entenda o caso – Elaine mantinha um relacionamento extraconjugal com o suspeito há cerca de um ano, que resultou em sua gravidez. Pouco antes do crime, os dois chegaram a buscar, em uma farmácia local, medicamentos abortivos. No dia do homicídio, a vítima teve seus últimos contatos — por telefone e pessoalmente — com o investigado. Com os indícios reunidos, o delegado solicitou e obteve a prisão temporária do acusado.
A prisão foi efetivada durante a Operação Verdade Oculta, deflagrada pela Polícia Civil no dia 25 de abril, intensificando as diligências para localizar o suspeito.